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Receitas da Biometrid crescem 100% em 2023 e devem triplicar este ano

A empresa portuguesa de soluções de identidade digital atingiu um volume de vendas de 2,7 milhões de euros no ano passado e prevê chegar, pelo menos, aos 7,5 milhões, em 2024.

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A Biometrid, que está presente em Portugal, Polónia, Moçambique, Cabo Verde e Senegal, anunciou os resultados do ano de 2023: a empresa registou um volume de negócios de 2,7 milhões de euros, o que representou um crescimento de 100% face a 2022. Além disso, a Biometrid alcançou, pela primeira, vez um EBITDA positivo: 750 mil euros.

Com um conjunto de soluções de reconhecimento e autenticação de identidade assentes em inteligência artificial, a tecnológica distingue-se pela sua «abordagem inovadora que descomplica processos e melhora significativamente a interacção e a experiência dos utilizadores», explica Fábio Laranjeira, CTO da empresa.

A Biometrid permite que qualquer pessoa se consiga autenticar de forma segura, prevenindo assim casos de fraude; além disto, «ajusta as soluções às exigências específicas de cada cliente, garantindo uma experiência segura e singular» ao mesmo tempo que oferece «autonomia e flexibilidade», salienta o responsável. O sucesso da empresa justifica-se pela «harmonia entre inovação contínua, adaptabilidade às necessidades dos clientes e um respeito profundo pela privacidade dos dados», salienta Fábio Laranjeira.

A empresa foi responsável pela emissão digital via biometria da Chave Móvel Digital e tem diversos clientes nacionais e internacionais, entre os quais a Caixa Geral de Depósitos e as Águas de Gaia.

Aposta para o futuro
O mercado de identidade digital está em franco crescimento: segundo estudos recentes, «91% das empresas pretendem aumentar o gasto em verificação de identidade nos próximos três anos e 72% dos clientes querem experiências on boarding totalmente digitais», sublinha o responsável. Este é o motivo para as «excelentes perspectivas» que a empresa tem para 2024: «Temos uma previsão de facturação de entre 7,5 a 10 milhões de euros e de chegar a um EBITDA entre 4 e 5 milhões de euros». Já ao nível da internacionalização, Fábio Laranjeira esclarece que os planos são de consolidação: «Nunca estamos fechados a entrar em novos países. Contudo, será um ano de grande crescimento, sobretudo nos territórios onde já temos operação. Espanha e Brasil estão também no nosso roadmap, sendo que, desde o ano passado, estamos a fazer uma preparação para entrar nesses mercados e a estabelecer diversas parcerias que nos permitam crescer».

>Para sustentar tudo isto, a equipa de 29 colaboradores também vai aumentar. E se 2023, foi um ano de aposta nas áreas de «recursos humanos, I&D e parcerias», em 2024 essa aposta será feita mais ao nível das TI, garante Fábio Laranjeira: «Procuramos perfis para as áreas de machine learning e marketing. No entanto, dada a elevada procura que temos tido, a empresa tem sempre a contratação aberta para reforçar a equipa de desenvolvimento, com vista a reforçar as posições para as componentes de backend e frontend».