Empreendedorismo

Bling Energy quer revolucionar o acesso às soluções de energia solar

A startup portuguesa quer democratizar o acesso à energia solar através de uma solução chave-na-mão, com um modelo por subscrição ou compra. Para já, a Bling Energy está focada no mercado nacional, mas, no próximo ano, quer avançar com a internacionalização.

Bling energy

Fundada em 2022 por Bernardo Fernández, a Bling Energy surgiu com a missão de «mudar o paradigma do consumo de energia doméstico» com soluções «acessíveis para quem queira abraçar a sustentabilidade sem comprometer as suas finanças», explica o responsável.

O fundador diz que motivação para criar a startup, nasceu da sua «paixão pelas infraestruturas e pelo impacto positivo»na sociedade». O percurso começou com um «estudo aprofundado do sector com diferentes projectos pilotos bem-sucedidos» que durou «vários meses», durante os quais a «equipa trabalhou incansavelmente na angariação de fundos para viabilizar as suas soluções inovadoras».

Em Julho de 2023 a Bling Energy conseguiu um milhão de euros numa ronda de investimento que contou com a participação de Vasco de Mello, de outros membros da família José de Mello e de Joaquim Sérvulo Rodrigues, CEO e fundador da Armilar Venture Partners. O financiamento está a ser usado para expandir as operações da startup e instalar 1 Megawatt peak (MWp) em painéis solares residenciais em Portugal.

Bling Energy faz o «investimento pelo cliente»
Bernardo Fernández esclarece que o processo de instalação tem início com uma «análise personalizada» onde Bling Energy tenta «compreender as necessidades e aspirações individuais de cada família» – só depois é que é se montam os painéis solares. «O cliente pode escolher entre o modelo de compra, onde paga a instalação e recupera o seu investimento ao longo dos anos; e o modelo de subscrição, onde, com zero investimento, se começa a poupar desde o primeiro dia».

O responsável indica que, neste caso, a Bling Energy «faz o investimento pelo cliente» e, assim, evita que esteja pendente de «quando, e como, o subsídio é aprovado». Em seguida, a casa fica a «consumir a energia gerada pelos painéis fotovoltaicos, diminuindo significativamente a factura de electricidade», acrescenta. A empresa oferece ainda garantia contra defeitos de fabrico de doze anos e garantia de desempenho de 25 anos. Além disso, também ajuda os clientes a «venderem o excedente de energia produzida, maximizando os benefícios financeiros»; além disso, a Bling Energy tem baterias e carregadores de veículos eléctricos.

Foco inicial em Portugal
A Bling Energy ultrapassou a «primeira centena de clientes no início de 2024», avança o empreendedor, que revela os planos da startup: «Temos experienciado um desenvolvimento promissor e estamos a construir uma base sólida de clientes que já desfrutam dos benefícios da sua energia limpa. A estratégia passa por usar Portugal como base para internacionalizar as operações, em 2025. A necessidade de descarbonização das economias e o papel fundamental que as soluções de energia descentralizada que a Bling oferece, abrem a porta a diferentes mercados europeus, tais como França ou mesmo Itália bem como outros a nível global». Actualmente, a startup conta com onze colaboradores e quer «duplicar a equipa» este ano, com aposta nas áreas «comercial e operacional».

A Bling Energy «ambiciona tornar-se o parceiro energético escolhido pelas famílias portuguesas» com a «promessa de um acompanhamento constante e um leque de soluções energéticas inovadoras», sublinha Bernardo Fernández. Além disso, o futuro passa por «lançar novos produtos e serviços de eficiência energética» e pelo «aumento do número de instalações, alavancado no crescimento da equipa».