Reportagem

Google Cloud anuncia modelo Gemini 1.5 Pro e novos serviços de IA generativa no Next ’24

No evento anual da empresa, que decorreu em Las Vegas e em formato online, a Google falou das novidades na área de inteligência artificial, entre as quais se destacam o novo modelo Gemini 1.5 Pro, uma ferramenta de criação de vídeo e outra para ajudar as empresas a criarem os seus agentes de IA.

Alive Coverage/Google

Os principais anúncios do Google Cloud Next ’24 foram centrados na IA generativa e na forma como a empresa está a «criar uma nova forma de usar a nuvem» para ajudar as empresas a serem mais produtivas e competitivas. Thomas Kurian (na foto), CEO da Google Cloud, explicou que desde o evento do ano passado foram lançadas «oito novas regiões de cloud» e feitos «investimentos em seis novos cabos submarinos». O responsável revelou que o modelo Gemini 1.5 Pro, o mais avançado da Google, está agora «disponível em preview na Vertex AI», a plataforma de desenvolvimento de inteligência artificial para as empresas. Este LLM «executa um milhão de tokens de informação de forma consistente, abrindo novas possibilidades para as empresas criarem, descobrirem e construírem serviços/aplicações com IA», salientou.

Thomas Kurian falou ainda do Imagen 2, também integrado na Vertex AI, que consiste na nova versão da ferramenta de geração de imagens. Esta disponibiliza, agora, uma funcionalidade de ‘Text-to-Live Image’, ou seja, gera imagens animadas com base em texto e possibilita retirar ou colocar facilmente objectos. O CEO revelou ainda o Vertex AI Agent, uma ferramenta que permite criar «agentes de conversação de forma muito fácil e rápida». Desta forma, é «possível construir e implementar chatbots de IA generativa prontos para produção, instruí-los e orientá-los da mesma forma que se faz com os humanos para melhorar a qualidade das respostas».

Já Aparna Pappu, VP/GM do Google Workspace, anunciou o ‘AI Meetings and Messaging Add-on’ (que «tira notas, faz resumos do que é dito e tem tradução em tempo real») e o ‘AI Security Add-on’ (para «classificar e proteger ficheiros e dados sensíveis da organização»), ambos para o Google Meet. A responsável falou ainda do grande lançamento do Workspace, o Google Vids, a «nova aplicação de criação de vídeos para trabalho» que é um «assistente de vídeo, de redacção, de produção e de edição, tudo-em-um». O Vids é uma ferramenta colaborativa que pode gerar um «storyboard, que o utilizador pode editar, e faz um rascunho com vídeos, imagens e música de fundo» para «ajudar qualquer pessoa a tornar-se um grande storyteller».

Da programação à segurança
O Gemini Code Assist, a evolução do Duet AI for Developers, foi outra das novidades apresentadas. Este assistente, que utiliza agora os modelos Gemini mais recentes, ajuda os programadores a criar aplicações com maior velocidade e qualidade. Brad Calder, VP/GM Google Cloud Platform and Technical Infrastructure da Google Cloud, esclareceu que a solução «suporta código base privado onde quer que este esteja, seja on-premise, no Gitlab, no Github, no Bitbucket ou mesmo noutros repositórios» e permite que as organizações «cumpram todos os requisitos de segurança, privacidade e conformidade». O responsável disse ainda que as empresas que já usam o Gemini Code Assist conseguiram «ganhos de produtividade de 30%» e referiu alguns exemplos, como a Turing e a Capgemini. Brad Calder destacou ainda a nova ferramenta Gemini Cloud Assist, que funciona em todo o ciclo de vida de uma aplicação e que facilita a sua «concepção, operação, resolução de problemas e optimização».

Por último, Thomas Kurian falou de segurança e do Gemini in Threat Intelligence, que possibilita «usar prompts de linguagem natural para obter insights sobre o comportamento das ameaças». Por outro lado, realçou o novo Gemini in Security Operations, que ajuda a «resumir e explicar os resultados, recomendar os passos seguintes e, até, escrever e executar manuais de correção»; e o Gemini in Security Command Center, para avaliar a «postura de segurança e saber quais as superfícies de ataque existentes para ajudar a compreender os riscos da cloud, de modo a que as empresas possam corrigir essas falhas».

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