A Glintt anunciou os vencedores da 6ª edição do Prémio HINTT, uma iniciativa que visa reconhecer e divulgar as melhores práticas de adopção das TIC na área da saúde com o objectivo melhorar a segurança do cidadão, apoiar a decisão clínica e a eficiência.
Na categoria de Value Proposition, o projecto vencedor foi o Sistema de Custeio por Doente apresentado pelo Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central (CHULC), através do Hospital de Santa Marta. Este consiste num modelo de apuramento de custos suportado por uma ferramenta de exploração de dados que, como explica a administradora hospitalar adjunta do Conselho de Administração, Anabela Ferreira da Costa, permite «efectuar análises e relatórios padronizados com indicadores seleccionados para suporte às decisões da gestão de topo e operacional. Não se trata de fazer gastar menos, mas de fazer gastar melhor», salienta a responsável.
O vencedor da categoria de Clinical Outcomes foi o Centro Hospitalar Tâmega e Sousa com a iniciativa +PERTO – Programa de Enfermagem de Reabilitação Tecnológico. Este projecto consiste num «programa de reabilitação digital, acompanhado por um canal de comunicação e monitorização, via app, em pessoas propostas e submetidas a artroplastia total do joelho e aos seus cuidadores». Além disso, o +PERTO tem ainda a possibilidade de se tornar transversal a outros grupos de doentes.
O INEM recebeu o galardão referente à categoria Patient Safety com o iTeams, um programa informático de registo clínico da instituição, que substituiu o registo em papel desde 2018, e que tem uma ferramenta inclusiva, através da ligação a um intérprete de Língua Gestual Portuguesa via SNS24. É também um software interactivo que permite emitir alertas de gravidade de doença, aproximar a regulação médica do CODU aos meios operacionais, e optimizar a cadeia de transmissão de informação clínica desde o evento até à entrega do doente no hospital.
A eBreathie foi vencedora na categoria de Startup Innovation e angariou ainda o BfK Awards, atribuído pela ANI, que visa distinguir os projectos que «nasceram do conhecimento« e empresas que mais se destacam em actividades de I&D».
A startup desenvolveu um smart-inhaler que «de cada vez que o doente o usa, recolhe vários dados, cria um perfil inspiratório e dá feedback imediato se fez a medicação de forma correcta», explica Ana Rita Constante, CEO da eBreathie. A informação é disponibilizada ao médico assistente, o que garante um cuidado de saúde personalizado e à distância e pode melhorar a vida dod doentes com asma. Segundo a responsável, os inaladores inteligentes aumenta em 23% o número de dias sem quaisquer sintomas, após um ano de utilização e diminui em 39% a utilização de medicação de alívio, no mesmo período».
Filipa Fixe, Administradora Executiva da Glintt, esclarece que «todas a candidaturas recebidas são projectos de uma enorme qualidade e disponibilidade go-to-market. As tendências que observadas nos 10 projectos passam por soluções que permitem a proximidade com o utente, com o cidadão, onde quer que ele esteja. São projectos que enaltecem a segurança do doente e a inteligência artificial sobre os dados, para conseguir melhorar a parte do diagnóstico, acelerar processos, transformar as instituições para se tornarem mais ágeis e para proporcionar aos profissionais de saúde mais tempo de qualidade para dedicar aos seus doentes».