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Bosch entra no mercado da tecnologia quântica

A startup tem como CEO, Katrin Kobe, e conta com uma equipa de 15 colaboradores que deverá chegar aos vinte nos próximos meses.

A Bosch criou uma nova unidade de negócio para sensoriamento quântico, um mercado que tem um potencial de 7 mil milhões de dólares nos próximos anos, segundo a McKinsey & Co.

A startup interna resulta da investigação que a empresa tem feito na área da tecnologia quântica que irá agora dar origem a produtos concretos. Segundo a Bosch, «os sensores quânticos usam os átomos individuais de um gás ou defeitos em sólidos como instrumentos de medição atómica» e «atingem uma precisão sem precedentes»: são quase mil vez mais precisos que sensores actuais com sistemas micro eletromecânicos.

Estes sensores poderão, por exemplo, ajudar a diagnosticar condições neurológicas como Alzheimer e Parkinson com maior precisão e facilidade. Além disso, podem também ser usados para registar impulsos nervosos e, assim, um dia, controlar membros artificiais.

A Bosch já desenvolveu magnetómetro quântico e um girómetro quântico de demonstração que estão funcionais e o objetivo passa por a longo prazo alcançar uma maior miniaturização e integrar a tecnologia num chip.

A nova startup tem como CEO, Katrin Kobe, e conta com uma equipa de 15 colaboradores que deverá chegar aos vinte nos próximos meses. Localizada em Ludwigsburg , a nova unidade de negócio está sob a égide da divisão Bosch Automotive Electronics.

Jens Fabrowsky, vice-presidente executivo da Bosch Automotive Electronics responsável pelo negócio de semicondutores, explica a aposta: «A tecnologia quântica está a ultrapassar os limites do que é possível – tanto em processamento de dados quanto em sensores. Acima de tudo, o objectivo é aumentar o amplo benefício prático dos efeitos quânticos – para tudo, desde o desenvolvimento de powertrains neutros em carbono até ao diagnóstico neurológico. A Bosch tem vindo a fazer uma extensa pesquisa em sensoriamento quântico há muitos anos e vemo-nos como líderes globais nessa área. Agora queremos também usar isso como base para futuros modelos de negócios».